Abaixo, uma reflexão afiada do Paulo Henrique Amorim!
E se a Globo der o golpe paraguaio? A Dilma pode se defender?
Jornal confirma campanha midiática pró-Peña Neto no México
Uma unidade secreta dentro do canal mexicano Televisa desenhou e financiou uma campanha em redes sociais a favor de Enrique Peña Neto, atual candidato presidencial pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), informou nesta quarta (27) a imprensa.
Televisa é a Globo do México.
Peña Nieto é o Cerra que deu certo.
Peña é o favorito das pesquisas e do narco-tráfico na eleição deste domingo.
Aqui, no Brasil varonil, a Globo e o Ali Kamel no jornal nacional já deram um Golpe e levaram a eleição de 2006 para o segundo turno –
clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve falta o segundo”.
O Merval Global e o Melhor do Carnaval, a Catanhêde e o dos
múltiplos chapéus já deram a senha: se houver um Golpe paraguaio, tamos nessa !
É conosco mesmo.
Em 24 horas a gente põe essa raça pra correr!
Por sugestão do Mauricio Dias, na Rosa dos Ventos da
Carta Capital, o ansioso blogueiro leu o fascinante relato de Flavio Tavares “1961 – O Golpe Derrotado – Luzes e sombras do Movimento da Legalidade”, os 13 dias em 1961 em que Leonel Brizola (Ah!, que falta faz !) montou uma Rede da legalidade e deu posse ao Presidente eleito segundo a Constituição de 46, João Goulart.
Brizola conseguiu adiar o que, três anos depois, se tornou um Golpe paraguaio típico: o presidente constitucional estava em território nacional e o Congresso declarou a “vacância” do cargo.
(“Congresso Nacional”, leia-se o senador paulista Auro de Moura Andrade.)
No capítulo “O combate no ar”, pág 53, Tavares descreve como Brizola se apossou da Rádio Guaíba, do adversário Breno Caldas, e tornou possível o movimento anti-golpista.
Sem a Rádio Guaíba e a Rede da Legalidade, o Golpe paraguaio de 64 teria sido desfechado em 1961.
Agora, amigo navegante, medite sobre os dias que correm.
Sobre o Golpe paraguaio e as tentativas similares na Venezuela, no Equador, na Bolívia e na Argentina, com o lock-out dos produtores rurais, promovido pela Globo de lá, o grupo Clarín.
É o “golpe pós-moderno” dos americanos e seus aliados tropicais, o PiG continental.
É o “neo-Golpe”, sem baionetas.
Moderninho.
Cheiroso.
Em forma de tablet.
Qual a diferença entre o que o Peña fez com a Televisa e a “entrada livre” que os tucanos e Golpistas têm na Globo ?
O Peña pagou e o Cerra não paga.
Não paga ?
E quando o Cerra e o Fernando Henrique, com o Andrea Matarazzo à frente, mandavam nas verbas de publicidade da SECOM e a Globo ficava com 90% do bolo ?
Qual a diferença ?
E quando a Globo der o Golpe paraguaio ?
No mensalão que está por provar-se, o Golpe paraguaio só não evoluiu, porque o
Zé Alencar não deixou, segundo contou a Tarso Genro.
O Golpe corre solto no PiG (*) todo dia.
Agora mesmo, a Globo marcou a data do julgamento do mensalão no Supremo e
vetou o Toffoli.
Precisa mais ?
O amigo navegante acredita que esse Supremo resistiria a um Golpe paraguaio desfechado pela Globo, pela “opinião pública” ?
Se a Suprema Corte americana não resistiu à Fox News e elegeu o Bush, filho sem contar os votos da Flórida …
Imagine aqui, nesse Supremo mais partidarizado que a Suprema Corte americana …
Há 25 anos a Globo impede o Congresso de regulamentar os capítulos que tratam da Comunicação.
E
há 50 anos se vale de um vácuo institucional, de que se beneficia integralmente.
Quem manda mais no Brasil que a Globo ?
O Daniel Dantas ?
E como é que a Dilma vai se defender de um Golpe paraguaio ?
Vai dar uma entrevista ao ABC Color, o conglomerado de mídia stroessiano que derrubou o Lugo ?
Como se defender, no meio de uma crise fomentada por livre- atiradores em terras griladas do Daniel Dantas no Pará –
leia na Carta Capital importante reportagem de Cynara Menezes sobre a crise dos sem terra no Paraguai e quem estava por trás dela.
O amigo navegante percebeu que a Globo deu cobertura à crise dos sem-terra no Paraguai com a rapidez que não aplica à cobertura da criminalidade endêmica em São Paulo, que está por exigir uma
intervenção federal.
Impressionante a agilidade Golpista da Globo.
Se foi assim no Paraguai, por que não seria no Brasil, no Pará, em São Paulo ?
Como a Dilma se defenderia, Bernardo ?
Num “fast impeachment”, em 24 horas, Bernardo, como a Democracia brasileira se protegeria dos Golpistas ?
Os velhos Golpistas de sempre.
Os Chatôs, os Marinho, os Civita, os Frias, os Mesquitas – the usual suspects.
Ou ela ia fazer como o Palocci, que achou que ia se proteger com uma entrevista ao jornal nacional – depois de por ele ser trucidado ?
Quais os instrumentos de que dispõe a Presidência da República para evitar um Golpe de Estado?
Qual a Rádio Guaíba que vai defender a Constituição ?
Que falta faz o Brizola !
E o Franklin !
Em tempo: o amigo navegante se lembra que a Televisa desempenhou papel decisivo na eleição de Carlos Salinas de Gortari, o Fernando Henrique mexicano, aquele que vendeu México ao Slim, assim como o Fernando Henrique vendeu o Brasil ao Daniel Dantas, o “brilhante !”. A Televisa, na véspera da eleição, produziu uns camponeses vítimas de violência na fazenda do adversário, Cuahautemoc Cárdenas. Depois de Salinas eleito, a fraude foi desmascarada. E entrou em antologias mundo afora como exemplo de manipulação eleitoral pela televisão, no mesmo capítulo da edição do jornal nacional que continha o resumo do debate do Collor com o Lula. Patranhas exemplares ! Similares ! Globo e Televisa são especialistas na matéria: Golpe.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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