QUADRO DE AVISOS

FALE CONOSCO
ENVIE SUA SUGESTÃO DE ARTIGO PARA: comunicacaoptcaragua@gmail.com


QUADRO DE AVISOS:

Neste fim de semana acontecerá a Plenária Estadual de Mulheres PT/SP, “Rosangela Rigo, presente!” O encontro faz parte de um calendário nacional, sendo a Etapa temática Mulheres Petistas em preparação para o V Congresso Nacional do PT. Promovido pela Secretaria Estadual de Mulheres do PT, o encontro acontecerá na Colônia de Férias do Sindicato dos Químicos SP, em Caraguatatuba, de 15 a 17 de Maio. Debates sobre políticas públicas para mulheres no Governo Dilma e incentivo à participação da mulher no legislativo , darão o tom do encontro.

A programação terá início dia 15/05, às 20:30. Todos os filiados e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, estão convidados a participar desse momento de abertura com a presença da conferencista Priscila Siqueira falando sobre o Tráfico Internacional de Mulheres e o litoral norte do estado de São Paulo. A programação terá encerramento no domingo, dia 17/05, às 13h e o público interessado terá a oportunidade de participar ainda da plenária sobre Políticas Públicas para Mulheres e os desafios para o PT (sábado a partir de 14h30m), que contará com a presença da Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, além da Deputada Federal Ana Perugini, a Deputada Estadual Marcia Lia, Denise Mota Dau (Secretária de Política para Mulheres da cidade de São Paulo), Silmara Conchão (Secretária de Política para Mulheres de Santo André) e Marta Domingues (Secretaria Estadual de Mulheres do PT/SP).






sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Crise 'hamletiana' sobre filiações deve ser única polêmica no PT



Com petistas unidos em apoio ao governo, polêmica do IV Congresso deve ficar por conta de disputa sobre regras de filiação. Petistas vão decidir se querem ser 'partido de massas', com portas abertas a todos, ou 'partido de quadros', que cobra alguma politização prévia. Despolitização e distância dos movimentos sociais serão denunciados por nova corrente interna.
André Barrocal e Maria Inês Nassif

BRSÍLIA – Com a grande maioria do partido unida e sem grandes divergências, o IV Congresso Nacional do PT deve ter como único ponto de debate mais acaladorado uma questão formal sobre o estatuto que reflete, na verdade, uma dúvida hamletiana. Depois quase nove anos na Presidência da República, o PT quer ser um partido de massas como hoje, com 1,4 milhão de filiados, ou voltar a ser mais politizado e ligado a movimentos sociais, como em suas origens, 31 anos atrás?

No centro da discussão, está uma proposta de mudar as regras de filiação e de participação nas eleições internas do partido. Tem sido defendida pelo ex-presidente do PT Ricardo Berzoini. O deputado federal pertence à maior corrente do partido, Construindo um Novo Brasil (CNB), mas não tem apoio dela, que abriga os principais nomes do PT, como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu. Mas conta com a simpatia da segunda maior tendência, a Mensagem ao Partido.

De acordo com Berzoini, na terça-feira (30/08), uma comissão de 15 petistas criada para rever o estatuto fechou uma proposta. O interessado em filiar-se teria de fazer primeiro um curso sobre a história e o programa do PT. Só seria aceito depois. Também teria de pagar contribuição semestral (hoje é anual) e estar em dia pelo menos até 90 dias antes de uma eleição interna. O objetivo é evitar filiações em massa às vésperas de eleições. “Precisamos acabar com a lógica da filiação com objetivo determinado”, diz Berzoini.

“Uma grande restrição à atuação dos filiados vai acabar transformando os movimentos sociais em massa de manobra do PT”, rebate o deputado federal Jilmar Tatto (SP).

Os dois líderes do PT no Congresso estão em lados diferentes. Para o líder na Câmara, Paulo Teixeira (SP), que é da Mensagem ao Partido, a mudança estatutária daria uma oportunidade para algo que ele considera fundamental. Depois de oito anos de governo Lula, o PT tem de se atualizar e se oxigenar. “Precisamos atrair os jovens e [os militantes políticos que usam] as novas mídias”, afirma Teixeira.

Já o líder no Senado, Humberto Costa (PE), que é da CNB, discorda de alteração nas regras. “Não sou a favor de uma mudança radical. Já temos experiências anteriores de curso de formação que não deram certo. O PT tem preferência de 32% do eleitorado e deve continuar sendo um partido de massas”, diz.

A CNB discutiu o assunto nesta quarta-feira (01/09), em São Paulo, mas, por ora, ninguém arrisca um palpite sobre o que vai acontecer no IV Congresso. “Há uma uma polarização importante, mas acredito que vai sair uma posição intermediária, negociada, como é tradição no PT”, diz o presidente o partido no estado de São Paulo, Edinho Silva.

Para os defensores de um certo endurecimento das regras de filiação, a mudanças pode impedir que o partido seja controlado por políticos com acesso a grandes redutos eleitorais e sem formação ideológica, o que trabsformaria o PT num amontoado de interesses regionalizados, como é o PMDB.

O desconforto com a situação atual, de um certa despolitização, será explicitada no Congresso com a apresentação de uma proposta de criação de uma nova corrente, a “Inaugurar um Novo Período”. Constituída de uma dissidência do grupo Articulação de Esquerda, está entre os grupos minoritários mais à esquerda.

Os dissidentes acham que o PT se afastou demais dos movimentos sociais no governo Lula e, hoje, não discute mais política internamente. O partido teria deixado de “encantar” os eleitores e de “debater sonhos”. “A esquerda, quando ganha a eleição, se institucionaliza, os quadros vão para o governo e se afastam dos movimentos sociais. Queremos reavaliar isso”, afirma Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca com Lula.

Ex-presidente do PT e atual assessor especial no ministério da Defesa, José Genoino, que é ligado às correntes dominantes do partido, tem avaliação semelhante. “Hoje há um clima de unidade em torno da presidenta Dilma mas não há debate político e ideológico”, diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário